Não fui eu que escrevi, não ousei corrigir algo que considerasse mal escrito, nem sequer uma vírgula. Quem me conhece sabe o esforço que fiz. Eu que sou perita em alterar, desmembrar, reconstruir os textos como se de uma cirurg~ia plástica se tratasse. Eu que gosto de restaurar à minha maneira.
Mas eu, que gosto de contos, de lendas, de mitos. Eu hoje, resolvi transcrever um conto que encontrei algures pela net...
Até hoje não percebera donde vinha a expressão "encontraste passarinho verde"...
Era uma vez um rei e uma rainha e tinham uma filha que nunca quis namorar; não tinha distracção nenhuma, mais que ir todos os dias ao mirante. Um dia viu vir um bando de passarinhos onde vinha um passarinho verde que, poisando no mirante, começou a brincar com a princesa. A princesa estava-se penteando e o passarinho roubou-lhe a fita do cabelo e voou. A princesa riu muito. No, outro dia, ainda mais cedo, já ela estava no mirante à espera do passarinho que veio, poisou no mirante, pôs-se de brincadeira com a princesa, roubou-lhe o pente e fugiu. Ao terceiro dia roubou-lhe o lenço e nunca mais apareceu em nenhum dia. , princesa começou com um grande desgosto e nunca mais sai, do quarto.
O rei mandou deitar um bando, que toda a pessoa que fizesse rir a princesa lhe dava uma tença. Ninguém fazia rir princesa. Um dia foi lá um velho que andou à roda da cama da princesa a fazer-lhe graças para ela se rir, mas a princesa, muito zangada, mandou pôr o velho fora do quarto. Quando velho foi para casa, disse-lhe a velha que era a sua mulher "Então, fizeste rir a princesa?" "Nem rir nem chorar." "Então. vou lá eu amanhã.”
A velha no outro dia foi e no caminho encontrou um muro com muitos buracos à roda. "Que diantre será aquilo? disse velha, deixa-me ir a ver o que é aquela novidade para levar princesa." Chegou ao muro, assomou, olhou lá para baixo e vi vir um bando de passarinhos, onde vinha um verde a dizer:
"Fita, lenço e pente,
Quem me dera agora ver
Quem de mim está ausente;
Três vezes trema o palácio,
E o palácio não tremeu."
A velha ouviu isto e foi-se embora. Chegou lá ao palácio pediu licença para entrar e depois andava à roda da cama a dizer graças e a princesa sem se rir, até que a velha se lembrou do muro e disse: "Real Senhora, vou-lhe contar uma coisa", esteve-lhe a contar o que viu. A princesa começou-se a rir e dizer: "Conta, boa velha." Começaram logo a tocar os sino com a alegria da princesa falar. Depois a princesa disse para velha: "Leva-me lá ao tal muro." E foram lá.
Depois a princesa olhou para baixo e viu o bando dos passarinhos, onde vinha o verde a dizer:
"Fita, lenço e pente,
Quem me dera ver
Quem de mim está ausente;
Três vezes trema o palácio,
E o palácio não tremeu.
E a princesa morreu
Ou estará presente?"
"Estou presente", disse a princesa.
Ouviu-se depois um estalo muito grande e o passarinho desencantou-se e apareceu um príncipe que casou com a princesa, e a velha ficou no palácio.
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