30 maio 2007

Eu mais

Sei que não gostas que me exponha, que te exponha.
Mas sei também como te procuras por entre as minhas palavras deitadas algures. Porque a net não é mais do que um "algures" nesse mundo virtual que imaginamos, criamos, desbravamos, tentamos viver, que se impõe, mas que não é real. Embora aqui, nesta falta de realidade, te sinta presente, te sinta mais próximo, te sinta real...

Hoje podes encontrar-te.

Faço mais uma pausa no estudo, agora não para falar contigo, mas para falar de ti, de nós, do mundo que espero pequeno por te encontrar longe.

Já não sei como escrever algo meu, intrinsecamente meu.
Perdi o jeito, o tempo, ganhei o pudor que o escritor não pode ter - Por muito que manipulemos o que escrevemos, o que contamos, tudo o que saia de nós, todas as nossas criações, são parte do nosso "eu" mais íntimo, embora disfarçadas pelo nosso "ego" mais conhecido. Podemos esboçar um sorriso amarelo, mas não conseguimos esconder reticências em dias de dúvida, exclamações quando incrédulos.

Hoje estás, de novo, mais longe. Mas cada vez mais perto.

Sim, estás quase de volta...

Não, não por isso...

Hoje, não chorei.
Porque hoje, mais do que nunca, senti que não só ficaste aqui comigo, como me levaste contigo.
As leis da física não são absolutas, fiquem desde já a saber... Não aqui, no esotérico dos sentimentos.

Somos diferentes, usamos palavras diferentes, sentimos o mesmo. Aí, nesse pequeno pedaço de nós, que de ilustre passa a grande, somos iguais. Duas pessoas unidas pelo mesmo sentimento.

Se exitei em dizer a palavra secreta, deve-se à ferrugem de uma alma incrédula.
Neste sentimentalismo feminino venho reiterar o desabar de uma mudez imposta por teorias romanticidas. Soletrar certos conjuntos de letras implica por vezes um processar de informação bloqueador.

Um "eu também" chegará? Prefiro dizer, agora, "eu mais".

Shhhhhhhhhh

O meu principe ensinou-me uma palavra nova!
Estou tão contente!
Era só para partilhar...
Mas não vou dizer qual é... É segredo!

27 maio 2007

Passarinho Verde

Não fui eu que escrevi, não ousei corrigir algo que considerasse mal escrito, nem sequer uma vírgula. Quem me conhece sabe o esforço que fiz. Eu que sou perita em alterar, desmembrar, reconstruir os textos como se de uma cirurg~ia plástica se tratasse. Eu que gosto de restaurar à minha maneira.
Mas eu, que gosto de contos, de lendas, de mitos. Eu hoje, resolvi transcrever um conto que encontrei algures pela net...
Até hoje não percebera donde vinha a expressão "encontraste passarinho verde"...

Era uma vez um rei e uma rainha e tinham uma filha que nunca quis namorar; não tinha distracção nenhuma, mais que ir todos os dias ao mirante. Um dia viu vir um bando de passarinhos onde vinha um passarinho verde que, poisando no mirante, começou a brincar com a princesa. A princesa estava-se penteando e o passarinho roubou-lhe a fita do cabelo e voou. A princesa riu muito. No, outro dia, ainda mais cedo, já ela estava no mirante à espera do passarinho que veio, poisou no mirante, pôs-se de brincadeira com a princesa, roubou-lhe o pente e fugiu. Ao terceiro dia roubou-lhe o lenço e nunca mais apareceu em nenhum dia. , princesa começou com um grande desgosto e nunca mais sai, do quarto.
O rei mandou deitar um bando, que toda a pessoa que fizesse rir a princesa lhe dava uma tença. Ninguém fazia rir princesa. Um dia foi lá um velho que andou à roda da cama da princesa a fazer-lhe graças para ela se rir, mas a princesa, muito zangada, mandou pôr o velho fora do quarto. Quando velho foi para casa, disse-lhe a velha que era a sua mulher "Então, fizeste rir a princesa?" "Nem rir nem chorar." "Então. vou lá eu amanhã.”
A velha no outro dia foi e no caminho encontrou um muro com muitos buracos à roda. "Que diantre será aquilo? disse velha, deixa-me ir a ver o que é aquela novidade para levar princesa." Chegou ao muro, assomou, olhou lá para baixo e vi vir um bando de passarinhos, onde vinha um verde a dizer:
"Fita, lenço e pente,
Quem me dera agora ver
Quem de mim está ausente;
Três vezes trema o palácio,
E o palácio não tremeu."
A velha ouviu isto e foi-se embora. Chegou lá ao palácio pediu licença para entrar e depois andava à roda da cama a dizer graças e a princesa sem se rir, até que a velha se lembrou do muro e disse: "Real Senhora, vou-lhe contar uma coisa", esteve-lhe a contar o que viu. A princesa começou-se a rir e dizer: "Conta, boa velha." Começaram logo a tocar os sino com a alegria da princesa falar. Depois a princesa disse para velha: "Leva-me lá ao tal muro." E foram lá.
Depois a princesa olhou para baixo e viu o bando dos passarinhos, onde vinha o verde a dizer:
"Fita, lenço e pente,
Quem me dera ver
Quem de mim está ausente;
Três vezes trema o palácio,
E o palácio não tremeu.
E a princesa morreu
Ou estará presente?"
"Estou presente", disse a princesa.
Ouviu-se depois um estalo muito grande e o passarinho desencantou-se e apareceu um príncipe que casou com a princesa, e a velha ficou no palácio.

06 maio 2007

Pensamento Sábio do Dia

"Amor não é o gemido moribundo dum violino distante, mas o rangido triunfante das molas do colchão."

05 maio 2007

"Super-puto" tem duplo

O que acham do anúncio do "super-puto", com os seus truques e toques na bola? Sim, aquele anúncio do BES...
Está bonito, não está?
Mas asseguro-vos que o duplo dele é bem mais giro!
Ah, não sabiam que o Cristiano Ronaldo tinha um duplo no anúncio? Pois é, bebé...
Parabéns ao Juvenal Petiz.

02 maio 2007

O meu sistema solar

Há conversas que nos suscitam teorias interessantes. Talvez seja a inspiração das três da manhã ou a psicologia de bolso suscitada como questão prejudicial.
Conversas daquelas sem roteiro, sem bússula, que naufragam ao sabor do momento.

Descobri que preciso ser mais quente. Sim, mais quente. Passo a explicar:
- Preciso ser mais quente, porque as estrelas são quentes e eu preciso ser uma estrela;
- Mas preciso ser uma estrela especial, preciso ser um sol;
- Preciso ser o sol do meu sistema solar;
- Quem quiser entrar no meu sistema tem de girar à minha volta;
- No meu universo EU sou importante!

EU sou o SOL do meu sistema solar!!!

Aprendi uma palavra nova: EU!

Agradeço ao BIG BANG ;)

01 maio 2007

Momentos percorridos a pé



Ninguém disse que a Via Del'Amore seria uma estrada larga e fácil de percorrer...
"Ninguém disse que ía ser fácil, mas que íamos ser felizes".

Momentos



Depois de umas horas de caminhada, ali, tranquilo entre os turistas cansados,na tranquilidade de quem está em território seu...
Mais um momento congelado no tempo.