Sei que não gostas que me exponha, que te exponha.
Mas sei também como te procuras por entre as minhas palavras deitadas algures. Porque a net não é mais do que um "algures" nesse mundo virtual que imaginamos, criamos, desbravamos, tentamos viver, que se impõe, mas que não é real. Embora aqui, nesta falta de realidade, te sinta presente, te sinta mais próximo, te sinta real...
Hoje podes encontrar-te.
Faço mais uma pausa no estudo, agora não para falar contigo, mas para falar de ti, de nós, do mundo que espero pequeno por te encontrar longe.
Já não sei como escrever algo meu, intrinsecamente meu.
Perdi o jeito, o tempo, ganhei o pudor que o escritor não pode ter - Por muito que manipulemos o que escrevemos, o que contamos, tudo o que saia de nós, todas as nossas criações, são parte do nosso "eu" mais íntimo, embora disfarçadas pelo nosso "ego" mais conhecido. Podemos esboçar um sorriso amarelo, mas não conseguimos esconder reticências em dias de dúvida, exclamações quando incrédulos.
Hoje estás, de novo, mais longe. Mas cada vez mais perto.
Sim, estás quase de volta...
Não, não por isso...
Hoje, não chorei.
Porque hoje, mais do que nunca, senti que não só ficaste aqui comigo, como me levaste contigo.
As leis da física não são absolutas, fiquem desde já a saber... Não aqui, no esotérico dos sentimentos.
Somos diferentes, usamos palavras diferentes, sentimos o mesmo. Aí, nesse pequeno pedaço de nós, que de ilustre passa a grande, somos iguais. Duas pessoas unidas pelo mesmo sentimento.
Se exitei em dizer a palavra secreta, deve-se à ferrugem de uma alma incrédula.
Neste sentimentalismo feminino venho reiterar o desabar de uma mudez imposta por teorias romanticidas. Soletrar certos conjuntos de letras implica por vezes um processar de informação bloqueador.
Um "eu também" chegará? Prefiro dizer, agora, "eu mais".
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