15 julho 2007

Fui ao Teatro

Fiz uma pausa oficial no estudo e fui ao teatro.
A peça: "A Outra e o Triângulo" em exibição no Auditório Carlos Paredes.

Um espetáculo assemelhado a uma stand-up comedy que durante uma hora nos faz rir com os comentários que ao longo da peça um dos personagens faz ao que acontece no Triângulo que retrata as relações afectivas do século XXI.
Como não podia deixar de ser, fala de traição.
Ficou registado na minha mente uma passagem que fez rir e reflectir os presentes:

"A amante: E porque não te divorcias?
O homem casado: Porque me perderia e se me perdesse como te poderia encontrar?"

Efectivamente divorciou-se. Efectivamente perdeu-se... Para os braços de outra mulher, alheia a este Triângulo. E volta a casa da amante para lhe contar como se perdera com o divórcio. Ela acusa-o de dupla traição: à mulher e a si, à própria amante. Ele simplesmente lhe diz que achava que ela merecia saber, mas que a tinha avisado que se perderia se se divorciasse.


Deixo aqui os meus PARABÉNS à actriz Mariana Sarabua tendo em conta não só o meu carinho pessoal pela mesma, como pelo excelente trabalho que desempenhou, tanto a nível criativo como de representação.

Como nós dizemos Mariana: Muita Merda!

03 julho 2007

Atenção ao Informar-se



Vive-se o mais de informação: o que vemos é o menos; vivemos da fé alheia: o ouvido é a segunda porta da verdade e a principal da mentira. A verdade de ordinário se vê; extraordinariamente se ouve; raras vezes chega no seu elemento puro, muito menos quando vem de longe; traz sempre alguma mistura de afectos por onde passa; a paixão tinge com as suas cores tudo o que toca, seja odiosa, seja favorável; puxa sempre a impressionar; muito cuidado com quem gaba, maior ainda com quem desgaba. É mister toda a atenção nesse ponto para descobrir a intenção de quem medeia, conhecendo de antemão por que razões é movido. Que a reflexão seja contraste do falto e do falso.

Baltasar Gracián y Morales, in 'A Arte da Prudência'

"(...) o que sabemos quando perguntamos(...)"

Perguntar coloca-nos na perplexidade, pois implica ao mesmo tempo saber e não saber. Se perguntamos é porque não sabemos, mas sobre aquilo de que nada sabemos não perguntamos. Afinal, o que sabemos, quando perguntamos? Na pergunta, o que se mostra é o imostrável. No perguntar, o Homem revela que é o ser do intervalo - entre o finito e o infinito - e que está ligado ao Transcendente, pelo menos como questão.
Anselmo Borges

01 julho 2007

«Saber calar faz parte do "código de honra" dos grandes conquistadores - gato miador, mau caçador.»

in Paixão, Amor e Sexo de ALLEN GOMES, Francisco